Desde que cheguei ao Quénia que a curiosidade de visitar a cidade de Mombasa era difícil de conter. As razões eram várias, desde a atracção do Oceano Índico, a diversidade cultural e claro está a forte ligação de Portugal a esta cidade do país que hoje em dia chamamos Quénia.
A cidade de Mombasa (ou Mombaça na grafia Portuguesa) foi fundada no século XI por mercadores árabes sendo posteriormente ocupada por forças de Portugal entre 1593 e 1698 e novamente entre 1728 e 1729. É precisamente das suas origens árabes que vem o nome actual desta cidade costeira – Manbasa. O povo Swahili denomina-a de "Kisiwa Cha Mvita" que significa "Ilha da Guerra" devido às diversas mudanças em termos de soberania da cidade.
O primeiro Português de renome a visitar Mombasa foi Vasco da Gama em 1498. Dois anos depois, a cidade foi saqueada pelos Portugueses. Alguns anos mais tarde, em 1528 Portugal atacou novamente Mombasa e em 1593 concluiu a construção do grandioso Forte Jesus, local onde aliás iniciámos a nossa visita. Desde esta altura a cidade foi governada por um capitão-mor e em 1638 tornou-se formalmente uma colónia Portuguesa subordinada a Goa, constituindo uma das praças-fortes da rota da Índia.
Em 1698, a cidade foi reconquistada pelos árabes do Sultanato de Oman, subordinada a Zanzibar. Trinta anos mais tarde os Portugueses, por intermédio de Álvaro Caetano de Melo Castro de 1728 a 1729 voltaram a marcar presença nesta importante cidade da costa africana. A partir desta data o domínio foi partilhado entre Britânicos e Árabes. Finalmente foi integrada no Protectorado Britânico da África Ocidental até à independência do Quénia.
Actualmente, Mombasa é a segunda maior cidade do Quénia com cerca de 900 mil habitantes e um importante porto marítimo.
Os 487 km que separam Nairobi de Mombasa são uma autêntica aventura de carro, especialmente à saída de Nairobi. A duração da viagem é no mínimo umas de 6h. De comboio a viagem demora 13h, com direito a jantar e pequeno-almoço. Portanto a melhor solução para uma viagem de fim-de-semana é sempre o avião. Para além da Kenya Airways, várias companhias de menor dimensão oferecem o serviço de ligação a Mombasa. A opção recaiu pela Fly 540, uma companhia que opera ATR-42 e Dash-8, que são aviões bimotor a hélice. Nesta companhia trabalha uma portuguesa nossa conhecida que faz o favor de nos aturar com os pedidos de reserva.
A caminho de Mombasa
Safety card da Fly 540 (para os aficionados)
Terminal do aeroporto internacional de Mombasa
A caminho da cidade
Os famosos taxis de Mombasa
Um português no forte mais de 400 anos depois :)
Forte Jesus
Vista do alto do Forte
A praia escolhida quase por acaso foi a praia de Bamburi na costa norte de Mombasa. Pode não ser a praia mais idílica, mas o calor e as águas quentes do Índico compensam tudo. E de facto estas águas tornam esta zona costeira irresistível.
Apenas um incómodo nesta zona que são os famosos Beach Boys, não os famosos músicos californianos, mas sim os vendedores de praia. Tornam quase impossível estar estendido na toalha a apanhar sol tal é o assédio.
Mais tarde e depois de falar com os locais descobrimos que a zona sul é bastante melhor, contudo e para uma primeira experiência, Bamburi Beach marcará para sempre o local do primeiro mergulho no Oceano Índico!
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